Ele há as beldades, os modelos, os escorreitos, os assim-assim e os outros.
As beldades e os modelos são os super normais. Os escorreitos e os assim-assim são os normais e os paranormais. Os outros, são os fortes (gordos é um termo desconfortável).
A partir dos quarenta… Já se sabe: elas e eles começam a robustecer (engordar é um termo desagradável). Nelas é a idade em que, geralmente, todas passam a ser louras, em que o peito se avoluma, em que a anca e a coxa se alargam.
Neles, não a idade em que pintam o cabelo, porque é quando ele começa a cair e a rarear. Mas em que começam a entroncar, e o estômago começa a inchar (engordar é uma palavra antipática).
Ou seja: eles tornam-se tronchudos; elas repolhudas.
Vai daí, umas e outros começam a ficar meios disformes e a olhar de soslaio para as borboletas e os fininhos que os rodeiam. Com, por vezes, mal disfarçada inveja. Sempre, com infinita saudade.
É quando não podem olhar aquela fotografia dos 19 anos (ainda por cima com aquele riso, largo, de felicidade), ou a do casamento (ainda por cima tirada por fotógrafo capaz de milagres no tratamento das imagens)… Sem que soltem um suspiro!
Não! Ponto final: deixemo-nos de açucarar a conversa: gordos! Isso, gordos é que eles se tornaram.
Rabudas, elas (e vá lá: porque o Bush e o A J Jardim, na sua proverbial e incorrigível boçalidade diriam, sem disfarces: cuzudas!).
Pançudos, eles, com aquela horrenda protuberância que o cinto, coitado, mal consegue segurar, escorregando por aí abaixo.
Mas que há-de um cristão fazer?
Os acenos são tantos e os sacrifícios já são demais…
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Por outro lado, por essa idade, ou pouco mais tarde, é quando despertam para uma segunda adolescência.
Maduros que se acham, e se sentem, supõem-se capazes das mais altas cavalarias.
E vai daí, elas querem à viva força tornar-se coquetes e parecerem rapariguinhas.
Eles, sem sentido do ridículo, perfilam-se, espicham o peito e, ao miudame em que tropeçam, fulminam-no com o olhar mais matador que se pode imaginar. Mas as miúdas nem o vêm, ou ignoram-no. Desprezam-no.
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Certo que a doença se torna mais aguda, lá para os 50, 60 anos – por vezes até depois.
Mas a patologia começa a manifestar-se – e de forma irreversível – a partir dos quarenta e tal…
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É assim!
É triste a condição humana: “a idade não perdoa”!
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