quarta-feira, março 16, 2005

…@HOTMAIL.COM


Nunca entendi. Mas são muitos.

Então agora que utilizo muito mais este meio de comunicação, já os conheço à distância: os mails cujo servidor é o hotmail!

O produto deve ser “vendido” pelos respectivos publicitários como o supra sumo dos servidores de correio electrónico.

E é, de facto, fantástico: sete mensagens, e já gorgulha, já se sente incomodado, já esperneia. Mas resiste.

Dez mensagens? Fica em pânico. Protesta. Diz que é um exagero. Que não pode com a sobrecarga. Mas… Aguenta. Vacilante. A muito custo.

Vinte mensagens? Fica empanzinado. Engasga-se. Entope. Pára. Desiste. Devolve.

E convenhamos: 20 mensagens – um exagero duns 15 ou 20 kb – é, realmente demais. Pode lá ser! Com muito menos todos os outros servidores baqueiam.

Com certeza.

Bom, mas é óptimo, pelos vistos. Alguém o disse – e muitos (muitos mesmo) acreditaram.

Quando tenho de mandar uma mensagem com destino hotmail… Fico na expectativa: uns dois minutos e está de volta, devolvido. Não falha em 99,99% dos casos.

Justificação: “caixa de correio cheia”. Não tem que saber!

Mas é espantosamente bom, e útil, e eficaz, e rápido. Quem duvida?

Só tem esse pequeno problema de ter que ser limpo de meia dúzia em meia dúzia de mensagens, ou seja, umas 4 ou 5 vezes por dia!
Paciência. Não se pode ter tudo. Nem é assim tão grande custo para tamanho benefício. Claro.

Dei comigo a perguntar-me: mas, porque carga d’água assim tantos embarcaram?

Penso ter descoberto a resposta. Julgo que “vi” o estratagema. Mas ainda não me tirei dos meus cuidados para tirar o assunto a limpo. Confesso que já estive, até, para me fingir candidato a cliente para confirmar a minha suspeita…

Mas tem de ser o que me ocorreu.

O que se passa deve ser o seguinte: o servidor hotmail oferecerá, na venda do produto, um balde e um regador para as crianças levarem para a praia. E mais um telemóvel daqueles da 1ª geração, indiscutivelmente práticos e cómodos, que se transportavam numa mala (mas bem grande). E ainda um aparelho TV dos anos 50, aqueles caixotinhos que só mediam 86x92x96, com brilhante imagem a preto e branco e com “chuva”/”areia” apenas 21 horas por dia. E mais um pacote de TIDE. E ainda uma lata de salsichas. E também um presunto de Chaves. Mais uma caixa de parafusos philips e respectiva chave. Como, ainda, uma rifa para o sorteio de um moderno carro, um Fiat 500 (de há 30 e tal anos), para levar toda a família a passear. E uma viagem à lua na carruagem espacial que partirá de Cuba (Alentejo) no dia 29 de Fevereiro de 2157. Ainda uma garrafa de água-pé, colheita de 1927. Mais um gelado olá p’r’a menina e uma bola de borracha p’r’o menino. Como um cojunto de viagem, samsonite, daqueles recentes, modernos, de há 28 anos (cuja mala, VAZIA, pesava a bagatela de 47 kg). Por fim, uma caixa de pensos rápidos.

Só pode ser. Doutra maneira não se compreende. Assim, talvez os desculpe (aos aderentes – não aos promotores).

E eu – e tantos mais – numa desesperada e vã esperança de uma resposta! Que não vem, nem daí a seis semanas (depois de 72 insistências de reenvio)!

Desculpem qualquer coisinha: mas não entendo tal persistência.

Bye-bye.

E TRATEM-SE!


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